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Cine Tamoio bate Recorde de curtas inscritos
O 5º Cine Tamoio – Festival de Cinema de São Gonçalo bateu recorde de inscritos para Mostra Competitiva deste ano. Foram 373 filmes inscritos, de 24 Estados brasileiros, além de produções do Novo México – EUA e Tóquio – Japão, destes foram selecionados 145 curtas que serão exibidos entre os dias 11 à 19 de setembro. Serão exibidas 23 Ficções, 26 Documentários, 27 LGBTQIA+, 27 Negro, 22 Terror, sete Animações, oito Indígenas e cinco Gonçalenses. Em 2019, o Cine tamoio recebeu 204 inscrições de 19 Estados e Lisboa – Portugal.
Os filmes inscritos concorrem em oito gêneros:
- Animação
- Documentário
- Ficção
- Indígena
- Negro
- LGBT
- Gonçalense
- Terror
Além disso, os profissionais também concorrem nas categorias:
- Direção de Arte
- Direção de Fotografia
- Roteiro
- Direção
- Figurino
- Trilha Sonora
- Ator Principal
- Ator Coadjuvante
- Atriz Principal
- Atriz Coadjuvante
- Cartaz
- além da nova categoria Montagem
Premiações
As produções vencedoras serão premiadas com o troféu Tupinambá, além de camisa, certificado, bóton e o empréstimo de Câmera Black Magic e acessórios por 02 semanas para Melhor Filme Negro e Serviço de mixagem de 20h para Melhor Filme eleito pelo Júri Popular oferecidos pelo Centro Técnico Audiovisual – CTAv, em parceria com o Cine Tamoio – Festival de Cinema.
Homenageado
Celebrando mais de 50 anos de carreira, o homenageado do Cine Tamoio deste ano é o artista João Acaiabe.
Ator, locutor, contador de histórias, radialista e professor de interpretação, nasceu em Espírito Santo do Pinhal, no Estado de São Paulo e iniciou sua carreira artística, ainda adolescente, como locutor de rádio.
Participou de dezenas de espetáculos e filmes ao longo de sua carreira.
Realizado pelo Coletivo Ponte Cultural, o Cine Tamoio é o maior Festival de Cinema do Leste Fluminense do Rio de Janeiro, e de acordo com os organizadores, das 373 produções inscritas, 69,9% utilizaram recursos próprios e apenas 17,5% tiveram acesso à recursos públicos.
Segundo o idealizador e curador do festival, Alberto Sena, estes números revelam o quanto faltam investimentos públicos para as produções de curtas-metragens e incentivo em salas de exibições para que os trabalhos independentes não fiquem restritos apenas a festivais, facilitando inclusive, a comercialização como é feita com os longas metragens.
“Não temos Leis de incentivo que deem conta das produções nacionais, não por falta de verba, mas por falta de vontade. Os nossos governantes não pensam o Cinema como investimento e isso só enfraquece o nosso setor. Precisamos democratizar o acesso as verbas para as futuras produções, não queremos nada além do que é nosso por direito. Os profissionais que estão envolvidos nestes projetos merecem o devido respeito. O Cinema Nacional é pulsante e vivo”, desabafa o cineasta.
Além das 145 produções exibidas na mostra competitiva, um longa e um curta farão suas estreias no festival. Na noite de abertura será exibido o longa metragem “De Cabral a George Floyd – Onde arde o fogo sagrado da liberdade”, do Cineasta Paulinho Sacramento. O filme documentário aborda as questões do racismo estrutural no mundo através de depoimentos. Segundo o cineasta, o desejo de abordar as diversas pautas sobre o racismo estrutural em um filme vem de alguns anos. “Me dediquei com mais intensidade durante a pandemia Covid-19 para finalizar os trabalhos. O filme traz acontecimentos históricos e recentes, dentre os depoimentos sobre o racismo no mundo, estão o assassinato do George Floyd, Genocídio do povo negro, massacre dos povos indígenas, violência religiosa, criminalização das artes, a importância de políticas de cotas e o racismo estrutural não só no brasil, mas no mundo. Através de recortes quis fazer um filme para traçar uma narrativa do racismo no Brasil e EUA e a invasão européia em nosso país. Estou feliz por estrear meu primeiro longa-metragem documentário no Cine Tamoio, um festival que admiro e que tem grande importância por sua territorialidade, pela dificuldade de realização e construção de um festival, sobretudo em tempos de pandemia”, disse o Sacramento.
Já na noite de encerramento o público prestigiará a estreia do curta metragem “Reza”, de João Niella e Ralph Campos. De acordo com cineasta, João Niella, O Cine Tamoio é um espaço importante para exibição do curta-metragem “Reza” por ter como cerne a tríade, sociedade, política e cultura. “É uma alegria ter “Reza” fazendo sua estreia no Cine Tamoio, pois é fundamental para contar a história dos personagens que foram resvalados pela sociedade e históricos culturais. Levando o público a uma reflexão sobre a alienação religiosa e as consequências danosas na vida humana e em sociedade”, disse João.
Por conta da Pandemia COVID-19 nesta edição não será possível realizar o evento presencial, desta forma, o evento será realizado através do site do Cine Tamoio. A programação com exibição dos filmes está disponível no site.